A líder da oposição na Câmara de Vereadores, Aladilce Souza (PCdoB), comemorou em entrevista ao Panorama da Bahia, a interdição da passarela erguida entre o Morro do Ipiranga e um camarote no circuito Dodô (Barra-Ondina), para os dias de Carnaval na capital baiana.
“Eu estou extremamente contente, eu acho que a gente tem sempre que acreditar na justiça, pois quando temos certeza que uma coisa tá errada, o céu é o limite, a gente tem que acreditar e ir atrás, e foi assim que aconteceu. Nós fizemos a denúncia lá atrás, a passarela ainda não estava concluída, pedimos a Sedur o processo, as autorizações, a liberação dos órgãos, do CREA, isso não foi apresentado, então nós recorremos ao Ministério Público, à Justiça, o IAB também, e foi importante, foi um movimento tão bonito, um movimento político, porque muita gente indignada começou a replicar as mensagens”, disse ela.
Aladilce destacou que, além do impacto na localidade Morro Ipiranga, onde há uma única entrada e saída, a passarela acabou gerando grandes transtornos para os moradores. “Havia um grande impacto ambiental e de vizinhança, especialmente porque o bairro só tem uma entrada e uma saída, o que causou transtornos significativos”, explicou.

Por fim, a vereadora ressaltou que a construção da passarela promoveu uma segregação social. “Esse camarote foi chamado de ‘camarote do apartheid’, e é uma maneira injusta de dividir as pessoas. Criaram uma passarela VIP para que os clientes do camarote não se misturassem com o ‘povão’. Isso é um absurdo. O Carnaval de Salvador é uma festa democrática, onde todos se encontram e se confraternizam. A segregação não cabe mais na nossa festa”, afirmou.