Após a divulgação dos últimos dados do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), que colocam Salvador no topo dos piores números do país em desnutrição infantil, desemprego, homicídios de jovens e PIB per capita, o vereador e líder da oposição na Câmara, Sílvio Humberto (PSB), apontou diretamente para a gestão municipal como responsável pela situação alarmante.
“Desejo que a população esteja ciente do desempenho daqueles que comandam Salvador e que manifeste seu desejo por mudança nas urnas. Precisamos de uma cidade onde a vida com dignidade esteja no centro das políticas públicas, porque o que temos assistido é a nossa cidade descer ladeira abaixo”, declarou. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Os dados do ICS também revelaram que 11,15% da população da cidade vive abaixo da linha de pobreza, levando Sílvio a afirmar que Salvador não oferece perspectivas para as atuais e futuras gerações.
“São mais de trinta anos de incapacidade de promover o bem-estar social. Nem é necessário ir às regiões mais distantes de Salvador para encontrar tanto descaso. Os bairros centrais expõem pessoas à informalidade e à mendicância, resultado da falta de emprego e trabalho digno. É uma pobreza sem fim”, lamentou.
Além disso, o vereador destacou problemas históricos que, segundo ele, não têm recebido a devida prioridade da Prefeitura. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
“Salvador possui um Plano Municipal de Manejo de Águas Pluviais e Drenagem, mas sua utilização pela Prefeitura é mínima, deixando comunidades da Cidade Baixa e do Subúrbio Ferroviário à mercê de alagamentos, enchentes e deslizamentos de terra por anos a fio”, ressaltou.
Outra questão apontada por Sílvio é o alto valor da tarifa de transporte na cidade, a mais cara do Nordeste. Ele criticou a retirada de diversas linhas de ônibus dos bairros, o que, segundo ele, demonstra insensibilidade com a grande parcela da população empobrecida.
“O município enfrenta um déficit de creches, mas em vez de assumir essa responsabilidade, a Prefeitura prefere terceirizá-la para as mães, pagando um valor para matricular seus filhos em creches sem infraestrutura. Na verdade, deveria ser a própria Prefeitura a construir esses espaços”, concluiu o vereador.