O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), refutou as críticas de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria “enclausurado” em seu terceiro mandato, destacando a rotina intensa de trabalho do chefe do Executivo. “Eu convivo aqui 14, 15, 16 horas com o presidente. Ele acorda muito cedo, vai fazer ginástica. Liga para os ministros às vezes muito cedo. Passa o dia trabalhando, à noite, quando não está aqui, está recebendo pessoas”, afirmou. A declaração foi dada em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, na última quinta-feira (20).
O ministro destacou que Lula mantém uma agenda ativa de reuniões com diversos setores da sociedade, incluindo empresários dos ramos de energia, automotivo, químico, petroquímico, infraestrutura e agronegócio. “Ele sempre quer ouvir o mundo real, que é ouvir a sociedade”, afirmou Rui Costa, ressaltando que o presidente busca constantemente opiniões externas para embasar suas decisões.
Sobre as alegações de que a primeira-dama, Janja, estaria contribuindo para um suposto isolamento do presidente, Rui classificou as críticas como infundadas e preconceituosas. “Acho que há um exagero e um preconceito grande contra a primeira-dama. Porque ela é uma pessoa que tem voz própria, tem protagonismo próprio”, defendeu. Rui também lembrou que, após um acidente em setembro, Lula precisou cuidar da saúde, o que naturalmente reduziu sua exposição pública temporariamente.
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As críticas sobre o “enclausuramento” de Lula foram levantadas por alguns parlamentares de oposição, que questionaram a frequência das aparições públicas e coletivas de imprensa do presidente. No entanto, o ministro Rui Costa argumenta que tais opiniões são baseadas em informações equivocadas sobre a rotina presidencial. “Quem verbaliza essa opinião… está com a informação errada. Não conhecem o dia a dia do presidente”, concluiu.