A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da oposição na Câmara de Salvador, criticou a gestão municipal pelo tratamento dispensado aos trabalhadores do Carnaval. Em entrevista ao Panorama da Bahia, nesta sexta-feira (14), durante lançamento do Carnaval da Bahia 2025, ela alertou para a insatisfação de cordeiros, catadores de recicláveis e ambulantes, que ameaçam paralisar suas atividades caso não tenham condições dignas de trabalho. Segundo Aladilce, “os cordeiros trabalham até 18 horas sem alimentação adequada, sem um local para trocar de roupa, sem dignidade”.

Outro ponto levantado pela vereadora foi a imposição de exclusividade de marca na maior festa de rua do planeta. “A prefeitura impõe o que os foliões podem consumir, criando uma verdadeira ditadura da cervejaria”, disparou. Ela denunciou que ambulantes ficam impedidos de vender produtos de outras marcas, prejudicando suas vendas. “Até a água mineral faltou no Rio Vermelho porque só podia ser vendida de uma marca específica. Isso tem que acabar”, completou.
Aladilce também apontou desigualdades na gestão da festa, acusando a prefeitura de beneficiar grandes empresários enquanto penaliza a população. “Reduziram o ISS dos camarotes de 5% para 2%, enquanto aumentaram a taxa de lixo em 50%, a iluminação pública em 35% e o transporte em R$ 0,40. O prefeito Bruno Reis está se notabilizando como o rei das taxas”, criticou.
Para a vereadora, o Carnaval deve gerar distribuição de renda para aqueles que sustentam a festa. “Quem trabalha nessa festa, quem faz essa festa acontecer, precisa ser respeitado. Os bilhões que são arrecadados precisam ir para quem mais precisa, e não para enriquecer ainda mais quem já ganha muito”, afirmou. Aladilce reforçou que a bancada de oposição continuará cobrando a prefeitura e exigindo melhorias para os trabalhadores.
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