Em menos de um ano de funcionamento, a Casa da Mulher Brasileira, em Salvador, atendeu mais de sete mil mulheres vítimas de violência, oferecendo serviços que vão desde apoio psicossocial até medidas protetivas emergenciais. “Precisei deixar tudo para trás: o meu trabalho, a minha casa, a minha cidade”, conta Virgínia, produtora de eventos, que buscou o espaço após ser agredida pelo ex-companheiro.
A Casa, inaugurada em dezembro de 2023 e operando 24 horas, conta com a atuação de várias instituições, incluindo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público e serviços de acolhimento e proteção à mulher. Segundo a coordenadora estadual, Ana Clara Auto, a Deam e a Defensoria são os serviços mais procurados. “Só em agosto, a delegacia recebeu 569 denúncias e emitiu 200 medidas protetivas”, revelou.
Mulheres como a comerciante N. P. N, de 52 anos, que sofreu violência doméstica, destacam a importância do acolhimento. “O atendimento foi rápido e me senti acolhida por todos os profissionais”, relatou. Além da Casa, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM) expande o suporte às mulheres com as “Salas Elas à Frente” em locais como a Estação de Metrô de Pirajá, onde psicólogas prestam atendimento semanal.
A rede de apoio contra a violência à mulher na Bahia inclui Centros de Referência, Unidades Móveis e o Batalhão Maria da Penha, entre outros. Informações sobre todos os serviços estão disponíveis no site da SPM, que incentiva as vítimas a buscarem ajuda e não se sentirem culpadas.