O líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT), revelou em entrevista ao Estadão/Broadcast, que considera razoável a redução das penas dos condenados pelo 8 de janeiro de 2023, mas que é contra a anistia.
“Anistiar é estimular outra vez. Sou contra e não sei se é fácil passar aqui. Está cada dia mais comprovado que havia um plano. Modular as penas é um problema do Judiciário, que eu acho razoável, porque teve gente que veio na turba. Eu acho que a modulação é pertinente, porque os inspiradores e financiadores são que devem ter pena mais forte”, afirmou ele.
A fala do senador baiano veio após a oposição pressionar a aprovação do projeto de lei 2.858/22, que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal por tentativa de golpe.
“Como está apertando, eles provavelmente querem salvar os financiadores e o próprio Bolsonaro, que estimulou [a tentativa de golpe]. Esse tipo de crime, para mim, é um dos mais graves que tem, que é pregar um regime autoritário, questionar uma eleição”, disse Jaques Wagner.