A violência em Salvador voltou ao centro das discussões na Câmara Municipal durante a sessão ordinária desta quarta-feira (23), onde vereadores expressaram preocupação com o agravamento da criminalidade na capital baiana. O vereador Duda Sanches (União Brasil) foi enfático ao responsabilizar o governador Jerônimo Rodrigues pela situação, afirmando que “a Bahia vive o pior momento de sua história” e que a insegurança está deixando a população refém do medo.
O vereador Alexandre Aleluia (PL) reforçou as críticas, comparando a situação da Bahia com a de outros estados, afirmando que o estado “só perde para o Amapá” em termos de violência, baseando-se em estatísticas recentes. Aleluia argumentou que “o crime está enraizado na Bahia” e que as medidas governamentais têm sido insuficientes para conter o problema.
A vereadora Débora Santana (PDT) acrescentou um relato pessoal ao debate, lamentando o assassinato de um jovem que, segundo ela, “tinha um futuro brilhante pela frente”. Débora afirmou que a violência em Salvador exige uma resposta mais contundente das autoridades e que “não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo”.
Por outro lado, a vereadora Marta Rodrigues (PT) e o vereador Sílvio Humberto (PSB) criticaram a politização do tema, defendendo que as responsabilidades sobre a violência devem ser compartilhadas entre as esferas municipal, estadual e federal. Sílvio argumentou que “é necessário discutir as causas sociais que influenciam a violência”, destacando a importância de um debate mais amplo sobre o tema.
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Marta Rodrigues ainda questionou o motivo pelo qual o prefeito de Salvador devolveu o Projeto de Lei nº 130/2024, que previa a contratação de uma operação de crédito de R$ 350 milhões junto ao BNDES. Segundo Marta, a retirada do projeto, justificada como medida para evitar aumento de despesas, vai na contramão da necessidade de investimentos no enfrentamento à violência e no desenvolvimento de políticas públicas.