O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para adiar as audiências do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Os advogados alegaram dificuldades para analisar os cerca de 40 terabytes de provas entregues pela Polícia Federal, mas o ministro entendeu que o volume não muda os fatos já denunciados.

“A disponibilização desse material, entretanto, em nada alterou os fatos imputados na acusação”, afirmou Moraes no despacho. Segundo ele, os elementos centrais da denúncia já foram analisados e aceitos pelo STF, e não há razão para alterar o cronograma. A decisão mantém as oitivas previstas para começarem na próxima segunda-feira (19), com testemunhas do chamado “núcleo 1”, acusado de liderar a articulação golpista.
A defesa do ex-presidente alegou que o tamanho do material inviabiliza a análise dentro do prazo, comprometendo o direito à ampla defesa. Mesmo assim, Moraes afirmou que o conjunto probatório usado para fundamentar a acusação já está consolidado. O processo segue em ritmo acelerado no STF.