O município de Jequié, situado a 350km da capital baiana, está em pé de guerra contra uma reportagem veiculada pela rede de TV Record, que classificou a cidade como a mais violenta do país. O conteúdo, exibido no último domingo (28), gerou uma onda de críticas e descontentamento por parte da sociedade organizada e das autoridades locais.
O deputado municipalista Hassan (PP) foi um dos primeiros a se manifestar, rotulando a reportagem como “mentirosa, caluniosa, sensacionalista e irresponsável”. Ele levantou a possibilidade de motivações políticas por trás da matéria, sugerindo uma tentativa de prejudicar a gestão do prefeito Zé Cocá, amplamente aprovada pela população. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Diversas entidades representativas, incluindo o Rotary, o Clube de Diretores Lojistas, as Lojas Maçônicas e a Associação Comercial Industrial de Jequié, também emitiram notas de repúdio, destacando que a reportagem afeta toda a população do município.
O prefeito Zé Cocá não poupou críticas à abordagem da Record, classificando-a como distorcida e fora da realidade. Ele enfatizou a dignidade da população jequieense e exigiu respeito pela história e pela integridade do município. “A matéria não reflete a verdade sobre a sociedade jequieense e ataca, de maneira inaceitável, a honra da nossa população. Respeitem Jequié! Respeitem nossa gente! Respeitem nossa história”, bradou o gestor. Assista abaixo:
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A Câmara de Vereadores de Jequié aprovou moção de repúdio à reportagem. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Jequié lamentou a falta de contexto e sensacionalismo na reportagem, destacando a “necessidade de uma cobertura jornalística justa e equilibrada”. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
O comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Márcio Amorim de Marcelo, criticou a falta de veracidade nos dados apresentados e a negligência da emissora em checar as informações com as autoridades locais. “A emissora não se atentou para checar as informações com o comandante da unidade ou com a Assessoria de Comunicação do Batalhão”, afirmou o militar.
O delegado Jackson Lima Mota, do Sexto Distrito do Oriente de Jequié, e representante do Rotary Club, condenou veementemente a reportagem, alertando para os prejuízos incalculáveis que ela pode acarretar para a região. “É necessário cuidado especial na publicação de matérias que não condizem com a realidade dos fatos, e acarreta prejuízos incalculáveis para nossa região, para o nosso município”.
Antônio Novaes, em nome da Junta Comercial de Jequié, ressaltou os danos causados à economia local e à autoestima da população pela disseminação de informações imprecisas e descontextualizadas. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Nas ruas, a revolta é evidente. Moradores como o pastor Ivan Luís utilizaram as redes sociais para denunciar a falta de veracidade da reportagem e reafirmar o orgulho de viver em Jequié. “Espírito maligno nos algoritmos. Nós que somos de Jequié, que moramos aqui, sabemos que é notícia falsa, errada. Jequié é boa de se morar”, afirmou o pastor.
>> Veja também: “Não há base para rotular Jequié como a cidade mais violenta do país”, afirma Jerônimo Rodrigues.
O clima de indignação persiste, enquanto a sociedade jequieense se mobiliza para exigir retratação e respeito por parte da emissora de TV. Jequié, uma cidade de gente honesta e trabalhadora, se recusa a ser estigmatizada por narrativas sensacionalistas e distorcidas.
Assista a reportagem da TV Record abaixo:
