As eleições internas do PT terminaram no domingo (6) sem conclusão, após a suspensão da votação em Minas Gerais por determinação da direção nacional do partido. A indefinição no segundo maior colégio eleitoral da legenda compromete o cronograma de apuração e impede, por enquanto, a finalização do processo em nível nacional.

A suspensão ocorreu após decisão da Justiça que determinou a inclusão da deputada federal Dandara Tonantzin na disputa pelo comando estadual do partido. A Executiva Nacional alegou “impossibilidade logística” para atualizar as cédulas já enviadas ao estado, o que inviabilizou a realização da votação nos níveis municipal, estadual e nacional.
A nova data da eleição em Minas ainda não foi definida, e os efeitos do impasse serão discutidos em reunião extraordinária do partido, marcada para esta terça-feira (8), às 17h. Com a paralisação, o prazo para o envio dos resultados estaduais à instância nacional, inicialmente previsto para as 14h desta segunda-feira (7), também foi afetado.
O presidente interino do PT, senador Humberto Costa, criticou a judicialização do processo, classificada por ele como um “equívoco”. “O partido tem sua autonomia. As decisões foram tomadas por ampla maioria. Vamos recorrer e discutir os próximos passos após a decisão definitiva da Justiça”, afirmou.