A manhã deste domingo (21) levou uma multidão ao Cristo da Barra, em Salvador, para um ato convocado por movimentos sociais e lideranças de esquerda. Os manifestantes exibiram um mural com fotos e nomes dos deputados federais baianos que votaram a favor da chamada PEC da Blindagem e também daqueles que apoiaram o regime de urgência do PL da Anistia, ambos aprovados na última semana. O objetivo foi expor publicamente os parlamentares que, segundo os organizadores, agiram para enfraquecer a responsabilização de políticos e acelerar o perdão aos condenados pelos atos golpistas de 2023.
Na votação da PEC da Blindagem (PEC 3/2021), 22 deputados da Bahia se posicionaram a favor. Entre eles estão Adolfo Viana (PSDB), Arthur Oliveira Maia (União Brasil), Bacelar (PV), Capitão Alden (PL), Cláudio Cajado (PP), Dal Barreto (União Brasil), Diego Coronel (PSD), Elmar Nascimento (União Brasil), Félix Mendonça Jr. (PDT), Gabriel Nunes (PSD), José Rocha (União Brasil), Leo Prates (PDT), Leur Lomanto Jr. (União Brasil), Márcio Marinho (Republicanos), Mário Negromonte Jr. (PP), Neto Carletto (Avante), Paulo Azi (União Brasil), Paulo Magalhães (PSD), Raimundo Costa (Podemos), Ricardo Maia (MDB), Roberta Roma (PL) e Rogéria Santos (Republicanos). Alex Santana (Republicanos) se absteve, enquanto João Leão (PP) e João Carlos Bacelar (PL) não votaram.
Já no regime de urgência do PL da Anistia, 14 deputados baianos votaram a favor. A lista inclui Adolfo Viana (PSDB), Alex Santana (Republicanos), Arthur Maia (União Brasil), Capitão Alden (PL), Cláudio Cajado (PP), Dal Barreto (União Brasil), Elmar Nascimento (União Brasil), José Rocha (União Brasil), Leur Lomanto Jr. (União Brasil), Márcio Marinho (Republicanos), Pastor Isidório (Avante), Paulo Azi (União Brasil), Roberta Roma (PL) e Rogéria Santos (Republicanos). Segundo levantamento, a bancada baiana ainda registrou 19 votos contrários, uma abstenção de Raimundo Costa (Podemos) e cinco ausências.
A repercussão negativa das votações levou ao menos dois deputados baianos a se retratarem publicamente. Gabriel Nunes (PSD) reconheceu que errou e prometeu “corrigir” o posicionamento em futuras deliberações. Já Mário Negromonte Jr. (PP) publicou um vídeo alegando ter sido surpreendido pelas mudanças de última hora no texto e declarou arrependimento. Durante a manifestação na Barra, os organizadores destacaram essas declarações como exemplo da força da pressão popular exercida tanto nas ruas quanto nas redes sociais.
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