O presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, admitiu nesta segunda-feira (11) que pode haver tensões entre os aliados caso o partido decida lançar o governador Jerônimo Rodrigues à reeleição e os candidatos ao Senado em 2026. Atualmente, Angelo Coronel (PSD) e Jaques Wagner (PT) já manifestaram desejo de manter suas vagas no Senado, e o ministro Rui Costa também mostrou interesse em concorrer.
“Imagina eu ser presidente do PT com um governador e dois senadores na chapa. Esse é o sonho de qualquer presidente de partido, mas nossos sonhos têm limites claros: a unidade do grupo”, afirmou Éden, destacando a importância de manter a aliança política construída desde a primeira eleição de Jaques Wagner, em 2006. Segundo ele, a prioridade é não comprometer a coalizão entre partidos que, juntos, transformaram a Bahia ao longo dos últimos 20 anos.
Valadares enfatizou as conquistas desse período, como a criação de novas universidades, expansão de hospitais e construção de estradas e escolas de tempo integral, além de um “patrimônio imaterial” ligado ao respeito entre instituições e a valorização do diálogo com aliados. “Nosso grupo inaugurou a democracia após 16 anos de mandonismo na Bahia. E isso, para nós, é muito caro, tem muito valor”, declarou.
Apesar de sua visão estratégica, Valadares afirmou que seguirá as indicações das pesquisas eleitorais: “Se as pesquisas indicarem que é com Jerônimo, Wagner e Rui que temos mais chance, eu serei o primeiro a chamar os aliados para debater”. No entanto, ele ressalvou que, se tal formação comprometer a unidade, “não vejo possibilidade”.
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O presidente do PT-BA concluiu reforçando que a aliança deve priorizar o crescimento conjunto dos partidos. “Vamos trabalhar para todo mundo crescer junto, mantendo a unidade do grupo e até ampliando. Como temos orgulho de fazer há 20 anos”, finalizou Valadares.