A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, fez um alerta nesta quarta-feira (9), sobre os próximos passos da guerra na Ucrânia. Psaki disse que a tendência é que o conflito aumente e que a Rússia use até “armas químicas”.
“Todos nós devemos estar atentos para que a Rússia possivelmente use armas químicas ou biológicas na Ucrânia, ou crie uma operação de bandeira falsa usando-as. É um padrão claro”, disse a norte-americana ao explicar que o Exército russo tem à disposição esse tipo de artefato para atacar.
Na retórica russa, os Estados Unidos é que estariam financiando laboratórios na Ucrânia com o intuito de criarem armamentos químicos para serem usados contra a invasão russa. O governo de Joe Biden nega.
Em outra frente, segundo informações de agências internacionais de notícias, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) fez alertas à Casa Branca.
O monitoramento indicaria que a violência nos combates pode aumentar de forma exponencial nas próximas duas semanas.
A agência avisou ainda que a Rússia, supostamente, vai intensificar os bombardeios para conseguir tomar o poder de cidades e áreas estratégicas.
Versão russa
Em possível aceno de recuo, o governo russo afirmou que a “operação militar especial”, como eles denominam a guerra na Ucrânia, não visa derrubar o presidente Volodymyr Zelensky.
Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, as negociações são para que seu país consiga estabelecer status neutro ucraniano em relação ao ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Para ela, as negociações estão avançando.
“Não queremos ocupar a Ucrânia, ou a destruição de seu Estado, ou a derrubada do governo. Não é dirigido contra a população civil”, frisou.
Zakharova relatou que “houve algum progresso” nas negociações nos últimos dias, o que deve ser acentuado nas próximas reuniões entre russos e ucranianos.
“Estão ocorrendo negociações com a parte ucraniana para acabar, o quanto antes, com o banho de sangue sem sentido e a resistência das Forças Armadas ucranianas”, concluiu a porta-voz.