Mais de 200 policiais militares que atuarão nos festejos de São João e São Pedro na Bahia iniciaram, nesta segunda-feira (17), uma capacitação específica para o combate e prevenção às violações de direitos humanos nas festas populares. No auditório do Centro de Operações e Inteligência (COI), 130 policiais participaram presencialmente, enquanto outros 130 participaram online de diversas localidades baianas.
O tenente-coronel Luide Souza, coordenador de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), explicou que um dos objetivos do curso é qualificar o atendimento às vítimas e prevenir a ocorrência de violência. “Nosso objetivo é capacitar as forças de segurança no trato às ocorrências específicas envolvendo grupos vulneráveis, como a população LGBT, idosos, crianças e adolescentes, que podem ter seus direitos violados. Todos os policiais escalados para o serviço recebem essa capacitação,” afirmou Souza. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
A capacitação prioriza crianças e adolescentes, pessoas LGBTQIAPN+, idosos, pessoas com deficiência e ambulantes que estarão trabalhando durante os festejos. Durante a formação, os policiais são instruídos no uso de pronomes corretos para mulheres trans e travestis, revisam o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e abordagens para garantir o melhor acolhimento das vítimas.
O soldado Edvaldo Campos, da Tropa de Choque, destacou a importância da formação para aprimorar seu trabalho. “Não existe policiamento sem a preocupação com os direitos humanos. Somos vistos com certo preconceito por termos uma atuação mais dura, mas a preocupação com os direitos humanos existe sempre. Estamos cuidando de um cidadão que precisa ser tratado com dignidade e respeito,” disse Campos. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
A capacitação é uma ação conjunta da PM-BA, através do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (DPCDH), com a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), e vem ocorrendo desde o carnaval deste ano. Na Micareta de Feira de Santana, agentes de segurança também foram orientados para o atendimento especializado, reforçando o compromisso contínuo com a proteção dos direitos humanos.