O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se nesta quinta-feira (22), sobre o vazamento de mensagens de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Gonet, o objetivo dos vazamentos foi “tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas.”

Em sua primeira manifestação oficial sobre o caso, Gonet destacou a relevância da apreensão do celular de Mauro Tagliaferro, ex-servidor do gabinete de Moraes e chefe de enfrentamento à desinformação no TSE durante a gestão do ministro. A apreensão, conforme afirmou o PGR, é essencial “para que se possa identificar os autores dos vazamentos criminosos praticados e cessar as práticas delitivas, para resguardar a segurança e a lisura de importantes trabalhos investigativos que estão a serviço da coletividade.”
Mauro Tagliaferro foi ouvido pela Polícia Federal nesta quinta (22), como parte do inquérito que apura os vazamentos. Alexandre de Moraes, por sua vez, negou qualquer irregularidade nos procedimentos adotados durante sua gestão, reafirmando a lisura das investigações em andamento.