O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (5) que não faz sentido o Brasil ainda ter uma das maiores taxas de juro real do mundo, apesar dos fundamentos sólidos da economia. “Não tem justificativa. Temos a segunda maior taxa de juro real do mundo e só perdemos para a Rússia, que está em guerra”, disse Alckmin na abertura do Congresso Aço Brasil.
Entre os fundamentos citados por Alckmin estão as reservas cambiais de US$ 370 bilhões, segurança jurídica, um vasto mercado consumidor e recordes de exportações. Ele também destacou a importância do ajuste fiscal e garantiu que o governo cumprirá o arcabouço fiscal. Alckmin expressou otimismo quanto a uma possível redução das taxas de juros, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, ainda neste semestre, o que favoreceria o crescimento econômico nacional. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
“O mercado internacional enfrenta um grande estresse que deve ser passageiro. O Brasil tem a 6ª maior população do mundo, um mercado interno forte, e estamos batendo recordes de exportações. Temos reservas cambiais, e vejo com otimismo que a política fiscal será cumprida. Por isso, não tem razão o Brasil ter a segunda maior taxa de juro real do mundo. Isso atrapalha muito”, reforçou Alckmin.
No mês passado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 10,5% ao ano.