Liderança feminina cresce na gestão hídrica e fortalece políticas ambientais na Bahia

Mulheres ocupam cargos estratégicos em Comitês de Bacias Hidrográficas e impulsionam avanços na governança da água

Foto: Enéas Porto
Foto: Enéas Porto

No Dia Internacional da Mulher, a Bahia celebra o avanço da presença feminina na gestão dos recursos hídricos. Atualmente, mulheres ocupam cargos estratégicos em sete dos 14 Comitês de Bacias Hidrográficas do estado, desempenhando papéis essenciais na formulação de políticas e na implementação de projetos voltados para a governança ambiental. O protagonismo feminino no setor acompanha uma tendência nacional, que ainda enfrenta desafios, mas avança na ocupação de espaços de decisão.

A presença feminina na liderança desses comitês tem gerado impactos diretos na governança hídrica. No CBH Leste, Lucélia Berbert destaca que sua gestão assegura o cumprimento das decisões tomadas, garantindo maior transparência. Já Lia Dognani [foto], presidente do CBH Grande, reforça que a ocupação dos cargos deve ser baseada na competência e não no gênero. “Nós queremos ocupar cargos por competência, não pelo meu gênero”, afirma. Ela também destaca o desafio de fortalecer a participação dos membros e ampliar o conhecimento sobre a bacia.

A representatividade feminina também se expande para grupos indígenas. Luciana Kiriri [foto], primeira mulher indígena a integrar a diretoria do CBH Grande, reforça o impacto de sua eleição. “Só aqui no Oeste temos 14 etnias, e eu fiquei como referência”, conta. Ela busca aproximar o Comitê das comunidades tradicionais para garantir que suas necessidades sejam ouvidas e contempladas nas decisões sobre a gestão da água.

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Para Ana Odália Sena, presidente do CBHPIJ e coordenadora do Fórum Baiano de Comitês de Bacias Hidrográficas, a presença feminina na gestão da água ainda enfrenta desafios estruturais. “Quando comecei, o número de mulheres na presidência dos Comitês era bem menor. Hoje, já avançamos, mas ainda há muito a conquistar”, destaca. Ela também reforça a necessidade de políticas públicas que garantam melhores condições para a atuação desses conselhos.

Mesmo diante dos desafios, essas mulheres promovem impactos concretos por meio de projetos de educação ambiental, parcerias com universidades e fortalecimento da participação social. A atuação feminina tem sido essencial para uma gestão hídrica mais inclusiva, sustentável e eficiente, integrando comunidades e ampliando a conscientização ambiental.

O crescimento da presença feminina nos Comitês de Bacias Hidrográficas da Bahia não se limita à ocupação de cargos estratégicos, mas também transforma o modo como as políticas ambientais são desenvolvidas e aplicadas. Ao liderar com comprometimento e conhecimento técnico, essas mulheres inspiram novas gerações e contribuem para uma gestão mais democrática e inovadora dos recursos hídricos.

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