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Jerônimo critica soltura de presos da OverClean e chama oposição de “covardes”

Governador condena desvios de recursos públicos investigados pela Polícia Federal e cobra responsabilidade da oposição diante das acusações

Foto: Thuane Maria/GovBA
Foto: Thuane Maria/GovBA

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) criticou a oposição e a soltura dos presos da Operação OverClean durante a entrega de equipamentos para a Polícia Militar, nesta sexta-feira (20), em Salvador. “É tão covarde que silenciaram agora quando seus comparsas estão metidos em coisas erradas com o dinheiro público. São tão covardes que não são capazes nem de defender os seus”, disparou o governador.

A Operação OverClean investiga desvios milionários envolvendo empresários e ex-gestores ligados ao União Brasil, incluindo Marcos Moura, o “Rei do Lixo”, e o ex-coordenador do DNOCS Lucas Lobão. Moura é apontado como líder de um esquema que superfaturava contratos de licitação, desviando recursos destinados a projetos essenciais, como o abastecimento de água. “Recursos que foram desviados para levar água àqueles que não têm água. O dinheiro do povo está indo embora pelo ralo”, afirmou Jerônimo.

Interceptações telefônicas da investigação indicam que ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, foi citado como o “amigo” de Marcos Moura em conversas que tratavam de pagamentos relacionados à Larclean, empresa investigada. O diálogo reforça a liderança de Moura no esquema e sua influência na gestão de contratos públicos.

Jerônimo também criticou o silêncio de ACM Neto, que, desde o início da operação, não se posicionou sobre o caso. “A justiça não pode, em nome de ninguém, fazer soltura, mesmo que com tornozeleira, sem que a sociedade saiba o que aconteceu. Quem está no seu direito, que se defenda, mas se tiver devendo, que se responsabilize. Esse dinheiro público é dinheiro do suor do povo”, disse o governador.

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Nesta quinta-feira (19), 11 dos 16 detidos na Operação OverClean foram liberados por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Os suspeitos, que agora estão monitorados por tornozeleiras eletrônicas, são acusados de participarem do esquema de desvios que movimentou milhões em contratos superfaturados.

A investigação detalhou o papel de Moura como articulador do esquema e sua proximidade com figuras de destaque no União Brasil. Jerônimo criticou a tentativa de minimizar a gravidade dos fatos e reforçou a necessidade de responsabilidade. “Pegam dinheiro público para utilizar-se em seu próprio benefício ou dos seus pares. Em um conceito religioso, é um pecado sem caminho”, destacou.

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Para o governador, é fundamental que a justiça atue com rigor e transparência. Ele defendeu que os culpados sejam responsabilizados, evitando que episódios como os investigados na Operação OverClean se repitam. “A seriedade na gestão do dinheiro público deve ser inegociável. Estamos lidando com o suor do povo e com vidas que dependem desses recursos”, concluiu Jerônimo.

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