A derrubada do decreto presidencial que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), votada na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (25), foi classificada como uma “quebra de acordo” pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT).

Em entrevista ao Jornal da Cidade, o senador revelou que, três semanas antes da votação, líderes partidários da base e os presidentes da Câmara e do Senado haviam firmado um entendimento para aprovar a medida, que acabou não sendo respeitado.
“Eu aprendi que essa casa aqui vive de acordo. Combinado sai barato. Foi feito um acordo entre todo mundo. Então nós saímos de lá, eu diria até empolgado, porque foi feito um acordo por seis horas de reunião. Não é pouca coisa. Estavam os líderes de MDB, PSD, todos os partidos que evidentemente são da base, porque o primeiro movimento do governo foi apresentar proposta para os membros da base, com os dois presidentes”, contou ele.
“Não me pergunte por que, que eu não sei lhe dizer exatamente porque, três, quatro dias depois, começa a haver o ruído que não pode, que isso, que aquilo e todo mundo ficou um pouco perplexo, porque tinha havido uma reunião, a gente ia fazer uma segunda reunião, agora para apresentar a mesma coisa pros líderes da oposição. Essa reunião evidentemente não aconteceu, se virou tudo de cabeça pra baixo condenando o novo decreto, repito, fruto da conversa com os dois presidentes, com as lideranças”, complementou o senador.