O Governo da Bahia oficializou nesta terça-feira (5) a parceria com uma organização da sociedade civil para implementar os Coletivos Bahia pela Paz, um projeto voltado para a promoção de direitos e o desenvolvimento social em comunidades com altos índices de violência. A ação, que começa em dezembro, busca impactar positivamente jovens em situação de risco social nas cidades de Salvador e Feira de Santana, oferecendo alternativas de cultura, esporte, lazer e qualificação profissional. “Não só de polícia, mas de educação e cuidado, para fortalecer políticas de governo”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues.
Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), responsável pela coordenação do projeto, os Coletivos terão como foco principal os jovens ameaçados pela violência nas comunidades. “A ideia é que o Estado vá em busca desses jovens para oferecer alternativas ao caminho da violência”, explicou o secretário Felipe Freitas, enfatizando a importância de criar oportunidades para a juventude em situação de vulnerabilidade. A primeira fase do projeto prevê a inauguração dos Coletivos em bairros estratégicos de Salvador e Feira de Santana.
O programa Bahia pela Paz, que abrange jovens de 12 a 29 anos, foi idealizado para prevenir e reduzir a violência letal, modernizar o sistema de segurança e expandir o atendimento psicossocial. Diversas secretarias estaduais, como as de Segurança Pública, Saúde, e Cultura, integram a iniciativa, colaborando com o poder legislativo e órgãos de justiça. O projeto envolve também uma avaliação de impacto, realizada em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), para analisar os efeitos das intervenções nas comunidades.
Com investimentos de R$ 70,5 milhões, o programa destina R$ 2,3 milhões apenas para equipamentos de informática que apoiarão cursos de formação. Dividido em dois lotes com duração inicial de 24 meses, o projeto visa transformar a realidade dos jovens em áreas vulneráveis e inclui um amplo trabalho integrado com forças policiais, como destacou o procurador-geral do Ministério Público da Bahia, Pedro Maia, sobre o combate ao crime organizado nas prisões e nas comunidades.