O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) foi homenageado pela Câmara Municipal de Feira de Santana na última quinta-feira (8), recebendo o título de Cidadão Feirense e a Comenda Maria Quitéria. Em um discurso que mesclou memória afetiva, ambição política e críticas ao governo estadual, Neto agradeceu à cidade pelo apoio e reforçou que pretende seguir firme no cenário estadual. “Se em 2022 eu já tinha uma enorme vontade de governar o Estado da Bahia, essa vontade hoje é muito maior”, declarou.

Neto relembrou sua ligação com Feira desde a infância, marcada pelas histórias contadas por seu avô, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães (ACM). Citou também vivências da juventude e a forte presença política na cidade ao longo das três eleições que disputou como deputado federal. Mesmo sem um grupo político robusto à época, teve votações expressivas e preferiu atribuir esse resultado não à influência familiar, mas ao reconhecimento pelo trabalho que dizia prestar à Bahia.

Durante o discurso, ACM Neto também destacou o papel de Feira como cidade estratégica para o desenvolvimento da Bahia. Disse que acompanhou de perto as eleições municipais mais acirradas da história recente, e lembrou que, mesmo tendo perdido a disputa ao governo em 2022, venceu com folga na cidade. “Se dependesse de Feira, a Bahia teria um governo diferente”, afirmou. E completou: “Não era o tempo certo. Era o tempo que a gente queria, mas não era o tempo de Deus.”

Ao falar do futuro, ACM Neto voltou a criticar o governo do Estado, comandado pelo petista Jerônimo Rodrigues. “Não admito ver que um partido que governa a Bahia há quase 20 anos deixa como legado o primeiro lugar em violência e impunidade”, afirmou, prometendo mudança. No entanto, o tom contrasta com a realidade que os baianos vivem hoje — diferente dos tempos do seu avô, o problema da violência é mais complexo e nacionalizado, e as soluções estão longe de depender apenas de vontade política.

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ACM Neto encerrou o discurso reforçando o compromisso com Feira de Santana e o desejo de retribuir a confiança que, segundo ele, a cidade sempre lhe deu. “Aonde quer que Deus me leve, levarei este título comigo, presente na minha sala de trabalho e no meu coração”, disse. “Eu amo essa cidade e irei lutar por ela até o último dia da minha vida.”

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