Um novo apagão voltou a atingir Capim Grosso e municípios vizinhos na noite de quinta-feira (10), deixando moradores no escuro por horas. A situação foi denunciada pelo deputado estadual Robinson Almeida (PT), após receber relatos do radialista Arnaldo Silva e do vice-prefeito de Pau Brasil, Osman de França. Ambas as cidades, localizadas em regiões distintas da Bahia, enfrentam problemas recorrentes no fornecimento de energia elétrica, afetando o cotidiano da população e o comércio local.
“O que estamos presenciando é um verdadeiro descaso. Capim Grosso mais uma vez ficou sem energia, causando prejuízos em residências e comércios. O relato que recebi foi que queimaram-se geladeiras, bebedouros, TVs. E como os consumidores serão ressarcidos, se muitos desses eletrodomésticos são antigos e já não têm nota fiscal?”, questionou o parlamentar. Ele também destacou que em Pau Brasil as oscilações têm comprometido o desenvolvimento econômico da cidade.
Robinson lembrou que no dia 27 de março a mesma região já havia sido afetada por outro apagão, o que evidencia, segundo ele, a fragilidade do sistema elétrico da Coelba. Para o deputado, a justificativa da concessionária de que a construção de uma nova subestação resolverá os problemas é insuficiente. “O consumidor tem sido penalizado pelo serviço ruim da Coelba. A empresa tem obrigação legal de garantir o fornecimento de energia com qualidade e regularidade. Não está fazendo favor, está apenas cumprindo o que determina o contrato de concessão e lucrando bilhões para isso”, afirmou.
O parlamentar coordena na Assembleia Legislativa a Subcomissão de Acompanhamento da Execução do Contrato de Concessão da Coelba e defende respostas urgentes. “É inadmissível que, com toda a tecnologia existente, a Coelba, que muito lucra, deixe cidades baianas no escuro. Casos como o de Capim Grosso, Várzea da Roça e Pau Brasil não são isolados. Tem sido recorrente em todo estado. A Neoenergia Coelba precisa se posicionar e apresentar soluções concretas, inclusive reparando os prejuízos causados à população”, cobrou. Até o momento, a empresa não se manifestou oficialmente sobre os episódios.