O Brasil iniciou sua presidência rotativa no Brics nesta quarta-feira (1º), assumindo o comando do bloco em um momento de expansão histórica. Com nove novos membros confirmados para 2025, o governo brasileiro pretende promover uma agenda voltada à reforma da governança global e ao desenvolvimento sustentável com inclusão social. O lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável” orientará as iniciativas do país.
Entre os principais desafios está a integração dos novos integrantes e o avanço do sistema de pagamento com moedas locais para o comércio entre os países, reduzindo a dependência do dólar. “Será preciso ver como o Brasil consegue ajudar a fazer funcionar o Brics na sua nova configuração, com dez estados e com mais uma dúzia de estados associados. Que maneira isso vai operar? Ainda ninguém viu e ninguém sabe”, destacou o professor Paulo Borba Casella, especialista do Grupo de Estudos sobre o Brics da USP.
A expansão do bloco foi definida na 16ª cúpula do Brics, realizada em outubro de 2024, na Rússia. A Rússia ocupou a presidência do Brics em 2024. Entre os novos membros confirmados estão Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. O grupo também criou uma nova categoria de parceiros e aguarda a adesão de Nigéria, Turquia, Indonésia e Argélia.