Mais de 4,5 mil telefonistas que atuam há décadas na Caixa Econômica Federal estão com os empregos ameaçados após uma decisão da instituição de encerrar os contratos. Em Salvador, a revolta virou mobilização: nesta quinta-feira (22), a partir das 8h, trabalhadoras realizam um protesto na sede da Superintendência da Caixa, com apoio do Sindilimp-BA.

O movimento é nacional e tenta impedir uma demissão em massa sem diálogo prévio com os sindicatos. Na Bahia, o Sindilimp realizou uma assembleia na noite da última segunda-feira (19) para organizar a reação e anunciou que acionará imediatamente o Ministério Público do Trabalho para pedir mediação.

“Não tem como cruzar os braços para um absurdo desse. De repente as telefonistas vão ser mandadas embora sem o menor cabimento”, criticou a coordenadora-geral do Sindilimp-BA, Ana Angélica Rabello. Ela lembrou que no Rio de Janeiro, o Sinttel conseguiu suspender temporariamente as demissões, mas a medida vence no próximo dia 30 de maio.

Ana também ressaltou que a decisão da Caixa desrespeita o que foi estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que exige a comunicação prévia aos sindicatos em casos de dispensa coletiva. “Isso impacta diretamente a vida dessas profissionais e também o atendimento dos clientes, que perdem o acolhimento humanizado e eficiente que sempre tiveram”, afirmou Ana Rabello.