No primeiro dia das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, que aconteceu em todo o Brasil neste domingo (5), um dos assuntos mais abordados pelos candidatos, além das provas em si, foi a distância entre a residência dos estudantes e o local de exame. Em Salvador, o serviço de carros por aplicativo foi bastante solicitado, e por volta do meio dia diversos pontos de engarrafamento foram registrados próximo aos locais de prova.
Em entrevista ao Panorama da Bahia, a estudante e candidata Ellen Cardoso, de 17 anos, criticou os critérios do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP ao selecionar os locais de prova. “Eles pedem o CEP e colocam distante da residência. Pra mim isso é pedir para o estudante não fazer a prova. Quem não tem carro como eu, tem que se virar para chegar”, reclamou.
Para Ellen, as provas deveriam ser feitas no mesmo bairro em que os estudantes moram, facilitaria tanto na mobilidade quanto na segurança. “Eu moro no São Caetano e fui posta para fazer prova no Canela, isso é uma humilhação ao candidato”, disse Ellen ao se sentir prejudicada. “Se a pessoa mora num lugar perigoso o Uber não quer entrar, como faz nessa situação?”, completou.
Sobre as alocações, o INEP divulgou comunicado na última segunda-feira (30), já que outros candidatos também reclamaram. “Os inscritos que tenham sido alocados para fazer a prova em locais com distância superior a 30 quilômetros (km) de sua residência e que não puderem comparecer ao local no dia do exame, poderão fazer a prova em outra data: nos dias 12 e 13 de dezembro, em locais que serão divulgados posteriormente”.
Apesar da distância, cerca de 72% de estudantes inscritos compareceram para a realização da prova, segundo o INEP. Neste primeiro dia, foram aplicadas provas de linguagens; códigos e suas tecnologias; e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. Os estudantes voltarão no próximo domingo (12), quando serão realizadas as provas de matemática e ciências da natureza.
