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Candidato a prefeito de Boa Vista do Tupim é acusado de trabalho escravo, maus-tratos e perseguição

Família relata abusos, ameaças e exploração na propriedade de Henrique Coimbra; MPT investiga o caso

Candidato a prefeito de Boa Vista do Tupim é acusado de trabalho escravo, maus-tratos e perseguição
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Uma denúncia feita por Maria Rosália Pinheiro Suzart revelou um cenário alarmante de trabalho análogo à escravidão, maus-tratos e ameaças na propriedade de Henrique Coimbra Lopes de Oliveira Filho (PSD), candidato a prefeito de Boa Vista do Tupim, município distante cerca de 340 km de Salvador. Maria Rosália e sua família, que residem e trabalham há mais de 11 anos no local, enfrentam condições desumanas, sem carteira assinada e sem direitos trabalhistas básicos.

Maria Rosália relatou constantes ameaças e violência física e psicológica praticadas por Henrique Coimbra e seus apoiadores. Um dos incidentes mais chocantes envolve a retirada da única caixa d’água da família e a instalação de caixas com abelhas italianas perto da casa, resultando em ataques que mataram dois cachorros. “Eu disse que ia na delegacia e ele [Henrique] não deixa a gente ir, eu quero justiça pelos meus cachorros que as abelhas italianas mataram”, declarou a funcionária. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.

Entre os atos de violência, Maria Rosália acusa dois homens, Fabiano e Jurandir, de derrubarem enxames de abelhas para atacar a família e os animais, com o objetivo de expulsá-los da propriedade. As condições de trabalho descritas por Maria Rosália são deploráveis. “A gente compra água aqui e ele nunca fez nada pela gente. Meu marido tem 73 anos, e vai de manhã cedo para os pastos, cuida de gado. Ele não paga ao meu marido, não dá valor a gente”, afirmou.

Testemunhas confirmam os maus-tratos, as ameaças constantes e a situação de trabalho análogo à escravidão enfrentada pela família de Maria Rosália. “Essa família necessita urgentemente do apoio de um assistente social, devido às condições precárias que são submetidas”, disseram. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.

A denúncia foi protocolada no Ministério Público do Trabalho (000327.2024.05.006.8), que agora investiga o caso. Além da remoção da família para um local seguro, é solicitada a investigação das condutas dos autores das agressões e a proteção integral e acompanhamento psicológico para a família.

O Panorama da Bahia tentou contato com a assessoria de Henrique Coimbra, mas não conseguiu. Foi enviado um pedido de explicações quanto à denúncia via rede social, e aguardamos resposta para complementar a reportagem.

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