A Bahia se mantém como o segundo estado que mais investe no Brasil em 2024, com R$ 2 bilhões aplicados nos primeiros quatro meses do ano, ficando atrás apenas de São Paulo. Esse desempenho é atribuído ao controle rigoroso das contas públicas e ao baixo nível de endividamento, o que tem permitido ao estado investir significativamente em infraestrutura e áreas sociais, segundo o secretário da Fazenda, Manoel Vitório. Ele destacou que a Bahia conseguiu manter 9% de sua receita total direcionada para investimentos, reforçando a solidez da gestão fiscal sob a liderança do governador Jerônimo Rodrigues.
Mesmo com os altos investimentos, a Bahia continua registrando um dos menores índices de endividamento entre os estados brasileiros. A dívida consolidada líquida corresponde a apenas 26% da receita corrente líquida, o menor patamar desde a implementação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse cenário contrasta com a situação dos maiores estados do país, onde o endividamento supera 100% da receita. Apesar desse quadro favorável, o crescimento dos precatórios preocupa, uma vez que o saldo dessas dívidas judiciais está prestes a ultrapassar o montante da dívida interna do estado.
Para 2024, a Bahia deverá desembolsar R$ 1,29 bilhão somente com precatórios, o que pressiona ainda mais o orçamento estadual. No entanto, mesmo com esses desafios, a gestão baiana tem conseguido manter sua capacidade de atração de novos investimentos e financiamentos, graças à obtenção da nota máxima de Capag A, que permite ao estado maior acesso ao aval da União para a celebração de operações de crédito. A expectativa é que, apesar dos precatórios, a Bahia continue entre os estados com menor endividamento nos próximos anos.