Enquanto o restante do país comemora a redução do preço do gás de cozinha a partir deste sábado (1º), a Bahia segue na contramão. A refinaria de Mataripe, privatizada e controlada pela ACELEN, decidiu aumentar o valor do gás em 9,2%, anulando qualquer efeito positivo da redução do ICMS. O reajuste pode elevar o preço do botijão em até R$ 8, penalizando diretamente os consumidores baianos.
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) reduziu a cobrança do ICMS sobre o gás, com base na queda dos preços médios em 2024. No entanto, o aumento imposto pela ACELEN faz com que os baianos continuem pagando caro. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás (Sindigás) alertou que a decisão da refinaria privatizada prejudica especialmente as famílias de baixa renda, que já enfrentam dificuldades com a alta no custo de vida.
Desde que foi privatizada, a refinaria de Mataripe tem adotado uma política de preços independente da Petrobras, resultando em sucessivos aumentos nos combustíveis e no gás de cozinha. A nova alta reforça o peso da privatização sobre os consumidores baianos, que agora pagam mais caro enquanto o restante do Brasil sente os efeitos da redução de impostos.