Empresas e negócios comunitários têm enfrentado desafios significativos nos últimos anos, devido às mudanças no cenário econômico e social, desde a crise financeira de 2008 até a pandemia de COVID-19 e o aumento dos índices de inflação e taxas de juros. Nesse contexto, o conceito de sustentabilidade se transformou, passando da mera capacidade de geração de lucros, para a inclusão de aspectos não financeiros fundamentais na longevidade dos negócios.
Ao longo dos anos, houve um debate sobre o objetivo das empresas, desde a maximização de lucros e ênfase nos interesses dos shareholders, até a consideração de impactos sociais e ambientais na cadeia de valor. Com o passar do tempo, conceitos mais modernos de finanças foram incorporados, levando à ideia de valor que envolvesse todos stakeholders, onde aspectos ambientais e sociais ganham relevância na tomada de decisões. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
A partir das Recomendações sobre Princípios de Governança Corporativa da OCDE e do Pacto Global da ONU, empresas ao redor do mundo têm sido incentivadas a adotar práticas sustentáveis e transparentes, alinhadas com os princípios de responsabilidade social corporativa. A Agenda 2030 da ONU e o Acordo de Paris têm impulsionado novas normas e regulamentações, exigindo que as empresas desenvolvam estratégias para enfrentar desafios globais.
A importância da governança sustentável, que equilibra aspectos financeiros e não financeiros, é fundamental para a gestão eficiente de riscos e competitividade no mercado. Em particular, em pequenas e micro empresas e em negócios comunitários, uma inadequação organizacional pode colocar em risco a continuidade das operações.
No entanto, negócios comunitários podem desempenhar um papel fundamental na economia, pois são naturalmente focados em impactos positivos de fatores ESG. Para cumprir a agenda climática, estratégias corporativas devem incluir mais fatores não financeiros na tomada de decisões, criando valor compartilhado entre todas as partes interessadas, ampliando oportunidades de negócios comunitários na sua cadeia de valor. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Para contribuir com essa discussão, a Conexsus realiza, em 14 de junho, o Painel Mercados Responsáveis by Conexsus, evento que integra a programação de conteúdos das feiras Naturaltech e BIO BRAZIL FAIR | BIOFACH AMERICA LATINA. O painel será voltado para o debate sobre a agenda ambiental, social e de governança, e o impacto positivo nas cadeias de valor.
Empresas como Carrefour Brasil, Veja, Dengo Chocolates e L’Occitane do Brasil e representantes de organizações como WWF Brasil, Rede Terra do Meio, Rede Origens Brasil, Imaflora, AMAZ, ASPROC/Gosto da Amazônia compartilham suas experiências em adotar práticas sustentáveis, priorizando o valor para os stakeholders e considerando aspectos ambientais, sociais e de governança em suas operações. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
O evento visa organizar um referencial de boas práticas para relações comerciais entre empresas e comunidades. Além de fazer parte da estratégia de mercado da Conexsus, que busca qualificar e fortalecer arranjos comerciais de empresas e negócios comunitários, gerando maior competitividade, sustentabilidade e inclusão em toda cadeia de valor.
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*Guilherme Cerqueira Martins e Souza é especialista no Núcleo de Inteligência de Mercado da Conexsus, economista e aluno do Mestrado D-ESG e Responsabile d’Impatto na Universidade de Turim, na Itália. (saiba mais).