O candidato à prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB), foi expulso do debate promovido pela TV Cultura neste domingo (15), após agredir o também candidato Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira. O incidente ocorreu durante o quarto bloco do debate, que teve de ser suspenso imediatamente para que Datena deixasse o local.
O episódio começou quando Datena questionou Marçal sobre supostas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), o que provocou uma resposta ofensiva de Marçal. “Arregão”, disse Marçal, relembrando um debate anterior, em que, segundo ele, Datena teria tentado agredi-lo mas não teve coragem. Nesse momento, Datena perdeu a calma e, em um ato de violência, lançou uma cadeira contra o adversário.
O jornalista Leão Serva, mediador do debate, interrompeu imediatamente a transmissão e convocou um intervalo comercial. Na volta, foi anunciado que Datena havia sido expulso, conforme o regulamento do debate. “Foi uma reação humana que eu não pude conter”, justificou Datena após o ocorrido.
Pablo Marçal, alegando sentir-se mal, também deixou o debate e foi levado ao Hospital Sírio-Libanês por sua equipe. Segundo sua assessoria, ele passou mal após o ataque. Com a saída dos dois candidatos, o debate seguiu apenas com Guilherme Boulos (PSOL), Marina Helena (Novo) e Tabata do Amaral (PSB), que lamentaram o episódio de agressão.
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Além da provocação sobre o PCC, Marçal também havia questionado Datena sobre uma antiga acusação de assédio sexual feita por uma ex-funcionária. “Eu quero saber se você tocou na vagina dela como é que foi essa questão de assédio sexual”, indagou Marçal. Datena, já fora do debate, respondeu à imprensa: “A acusação foi arquivada por falta de provas, e a mulher que me acusou se retratou em cartório”.
O confronto entre Datena e Marçal já vinha sendo esperado, uma vez que, antes do debate, Datena havia declarado que não iria reagir às provocações. “Minha resposta será o silêncio”, disse o candidato, referindo-se ao comportamento ofensivo de Marçal em outros eventos.
