Damares diz que soube de crimes envolvendo crianças pelo ‘povo na rua’

Dentro de uma igreja, a ex-ministra disse ter conhecimento de esquema de tráfico e abuso sexual de menores no Pará

A ex-ministra e senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves (Republicanos) disse nesta quinta-feira (13) que as denúncias de tráfico e de abuso sexual contra crianças feitas por ela durante um culto se basearam em “conversas” que tem “com o povo na rua”.

No sábado (8), durante culto na igreja Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro (PL) afirmou que crianças da Ilha de Marajó, no Pará, são traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.

No discurso, Damares descreveu com detalhes escatológicos o que ela diz ter sido descoberto pelo governo Bolsonaro. A ex-ministra disse ainda que as denúncias estavam baseadas em imagens obtidas e guardadas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

À Rádio Bandeirantes, ela atribuiu a fala a “coisas que chegam na ouvidoria” da pasta. “O que eu falo no meu vídeo são as conversas que eu tenho com o povo na rua. Eu não tenho acesso, os dados são sigilosos, mas nenhuma denúncia que chegou na ouvidoria deixou de ser encaminhada”, disse, acrescentando que as informações eram repassadas ao Ministério Público.

Pouco antes, na mesma entrevista, Damares apresentou outra versão. Ela afirmou que “relatórios da CPI” da Pedofilia do Senado e inquéritos poderiam comprovar as declarações. “Vocês querem que eu fale agora o nome da criança, o número do inquérito, o nome do delegado? Eu tenho aqui, eu estou em casa, mas tudo isso está documentado. Eu não estou inventando”, declarou.

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