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1ª Caminhada Patrimonial “Em defesa do Abaité” acontece neste domingo (10)

O percurso traz o foco para o caso do “Monte Santo”, projeto de urbanização da Prefeitura de Salvador que, segundo o FPI, teve início sem diálogo com a população

Audiência pública itinerante em defesa do Abaeté acontece neste sábado
Foto: Valter Pontes/PMS
Foto: Valter Pontes/PMS

A 1ª Caminhada Patrimonial “Em defesa do Abaité”, ato promovido pelo Fórum Permanente de Itapuã (FPI), acontecerá neste domingo (10), de 8h às 12h, num trecho de borda da unidade de conservação estadual e parque municipal do Abaeté. A concentração será na duna do campo, ao lado do Colégio Estadual Mascarenhas de Morais.

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O percurso da 1ª Caminhada Patrimonial rememora o caso do “Monte Santo”, projeto de urbanização da Prefeitura de Salvador, em parceria com a ONG cristã “Restaura Verde” e o Parque das Dunas (UNIDUNAS) que, segundo o FPI, teve início sem nenhum diálogo com a população.

“Nosso objetivo é oportunizar ao público, uma aprendizagem corporificada sobre as múltiplas ameaças em curso, fazendo um chamado para convergir forças em torno do que importa: a vida em toda a sua plenitude”, afirma o Fórum ao estender convite à população em geral.

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Programação

A 1ª Caminhada Patrimonial “Em defesa do Abaité” iniciará com uma roda de falas, ritual de abertura da bandeira “Terra Indígena” do artista Anderson AC, com a presença de indígenas das etnias Tupinambá e Fulni ô. Em seguida, os ativistas seguirão uma trilha pela ZPV (Zona de Proteção Visual da APA – Lagoas e Dunas do Abaeté), explorando suas riquezas biodiversas e vestígios de ocupações irregulares antigas e recentes. Por fim, uma visita à lagoa do Abaeté-Catu e o sítio de Sr. Armando, que sobrevive com sua família praticando agricultura de subsistência por cerca de 30 anos no local.

“Trazemos a grafia “Abaité” para afirmar nosso processo de retomada ancestral, evocando o tupi originário, língua nativa dominante neste território, antes da invasão europeia e durante os primeiros anos de colonização. Vamos explorar possíveis sentidos dessa versão, ao longo do projeto, buscando fortalecer a proteção dos bens culturais e ambientais, a base da Patrimonialização”, afirma o Fórum Permanente de Itapuã.

Aos interessados em acompanhar o ato, é recomendável levar repelente, vestir calça para não se cortar na tiririca (num pequeno trecho de mata fechada) e levar roupa de banho se banhar no Catu.

Salve o Abaeté

O Abaeté está no centro dos debates atuais, seja pela emergência climática; crise sanitária, política, ecológica e espiritual; acirramento das assimetrias sociais; ameaça de apagamento de ecossistemas e territórios originários, de populações aldeadas, quilombolas ou remanescentes afro-ameríndios nos centros urbanos, como é o caso da região legalmente protegida do Abaeté.

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