Um ato em defesa da juventude indígena foi realizado nesta quarta-feira (1º), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), reunindo representantes de 35 povos de diferentes regiões do estado. Segundo o Censo de 2022 do IBGE, a Bahia é o segundo estado com maior população indígena do Brasil, atrás apenas do Amazonas.
As lideranças entregaram uma carta às deputadas Olívia Santana (PCdoB) e Fátima Nunes (PT), vice-presidente da ALBA, pedindo ações urgentes para conter o avanço do crime organizado nas aldeias, enfrentar os conflitos fundiários e acelerar a demarcação de terras. O documento também destacou o crescimento preocupante dos casos de suicídio entre a juventude indígena.
“Vou ler esta importante carta no plenário da Casa Legislativa, para que todos os parlamentares fiquem cientes desta situação que aflige os povos indígenas. Através do bom debate, todos nós, deputados e deputadas, devemos somar forças para garantir a segurança e combater a violência que causa mortes nas aldeias indígenas”, disse Fátima Nunes.
A deputada Olívia Santana ressaltou que o ato foi convocado pelo Conselho da Juventude Indígena da Bahia (Cojiba) como parte da luta organizada das comunidades. “Vocês são os verdadeiros donos das terras, que precisam ser demarcadas, no sentido de garantir o direito de existência digna, com água, terra e comida, além de um plano de desenvolvimento para as comunidades indígenas. Somos irmãos na luta da comunidade negra e dos povos indígenas pelo direito de viver com dignidade”, declarou a deputada.