Na noite desta terça-feira (30), em Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) aproveitou a Conferência de Assistência Social, onde anunciou quase R$ 23 milhões em investimentos para reforçar a rede socioassistencial da Bahia, para responder às críticas lançadas por ACM Neto (União Brasil) durante o Fórum S.O.S Bahia. O evento organizado pelo ex-prefeito de Salvador teve como alvo a situação da saúde no estado, mas o governador rebateu, destacando problemas justamente em cidades administradas pelo partido de Neto.

Em entrevista ao Panorama da Bahia, Jerônimo respondeu as críticas lembrando que importantes municípios administrados pelo União Brasil não garantem sequer serviços básicos de saúde. “Eu espero que nesse evento de saúde que eles realizaram hoje, eles possam ter colocado a situação das prefeituras do União Brasil da Bahia. Se você pegar Feira de Santana, não tem um hospital municipal em Feira. Eu moro em Feira. Quando alguém adoece, tem que ir para o hospital [estadual] Cleriston Andrade”, ironizou.

O governador também apontou falhas na capital baiana, comandada pelo sucessor político de ACM Neto, o prefeito Bruno Reis (União Brasil). “O município de Salvador não tem maternidade. O município de Salvador está com os indicadores baixos de atenção básica”, afirmou Jerônimo, ressaltando que, enquanto isso, o governo estadual e o federal continuam investindo para tentar suprir lacunas deixadas pela gestão municipal.

Jerônimo ainda insinuou que a movimentação de Neto teve viés eleitoral, com apoio até de veículos de comunicação ligados ao ex-prefeito. “Hoje, eu assisti na televisão de um canal que ele é sócio, e teve uma matéria lá, eu acho que já foi preparatória para este evento. Eu espero que aquela matéria que passou de manhã, mostrando filas em posto de saúde, tenha servido de pano de fundo para ele mais tarde apresentar e dizer: olha como está Salvador”, criticou.

Ao final, o governador destacou que está aberto a críticas construtivas, mas deixou claro que não aceitará ataques políticos sem fundamento. “Se forem boas [as sugestões], pode trazer que eu sou capaz de dizer muito obrigado, eu vou tentar corrigir. Mas se for para fazer política, eu vou esperar ele ou quem quer que seja em 2026”, disparou.

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