A poucos dias do Carnaval, Salvador corre o risco de enfrentar um colapso na limpeza urbana durante a festa. Trabalhadores do setor podem não atuar nos circuitos oficiais devido a um impasse sobre benefícios oferecidos pelas empresas. O SindilimpBA tenta intermediar uma solução, mas, segundo a coordenadora-geral do sindicato, Ana Angélica Rabello, as negociações não avançaram.
Ana Angélica alerta que, sem um acordo, o número de profissionais será reduzido, comprometendo a higienização das ruas. “Sabemos que existem equívocos que precisam de atenção, mas a cidade corre, mais uma vez, o risco de não ter limpeza urbana em sua plenitude. Vai ter circuito que os garis e margaridas não vão atuar. Isso é fato”, afirmou.
O ex-vereador Luiz Carlos Suíca, representante da categoria no estado, também criticou a situação e destacou a importância dos trabalhadores. Para ele, a ausência dos garis compromete a saúde pública e a imagem turística da cidade. “São fundamentais para manter Salvador limpa quando os artistas passam deixando o rastro de sujeira dos foliões”, disse.
Suíca ainda denunciou o descaso com a categoria e defendeu a mobilização para evitar perdas de direitos. Ele fez referência ao cantor Edson Gomes ao reforçar a necessidade de luta pelos trabalhadores. “Parafraseando Edson Gomes, é necessário que todos lutem, senão a gente acaba perdendo o que já conquistou”, concluiu.