O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), falou nesta terça-feira (13) ao Panorama da Bahia sobre as movimentações políticas envolvendo a federação entre PP e União Brasil e a possível aliança com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Durante evento na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), Cocá defendeu cautela nas decisões e ressaltou que sua posição política dependerá, também, da atenção do governo estadual ao município.
“Eu digo sempre: caso o governador faça esses investimentos, eu não posso ser ingrato contra isso”, afirmou o prefeito, ao relatar conversas com Jerônimo Rodrigues e com interlocutores como o secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola. Para Zé Cocá, Jequié precisa de obras estruturantes, e esse diálogo será determinante para os próximos passos políticos.
Zé Cocá disse ainda que a federação PP-União Brasil vive um momento de indefinições em vários estados e citou o caso da eleição em Jequié, quando o PV apoiou sua candidatura apesar da aliança nacional com o PT. “Nem sempre o que acontecer na federação irá se refletir 100% nos municípios”, explicou, reforçando a complexidade do cenário atual.
O prefeito também falou sobre possíveis mudanças no cenário do Progressistas e a especulação sobre uma debandada de deputados. “Pode acontecer e não pode acontecer, depende de como isso for construído. É cedo para tomar qualquer decisão. Precisamos conversar, dialogar e avaliar os espaços”, ponderou.
📲 Fique sabendo primeiro. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Ele mencionou o deputado federal João Leão e o secretário de governo da Prefeitura de Salvador, Cacá Leão, seus aliados pessoais, como nomes já alinhados com ACM Neto. Também citou outros quadros do partido que têm proximidade com o governo Jerônimo, como o deputado Mário Negromonte Jr., destacando que o partido vive um momento de divisão interna e que a decisão coletiva precisa ser amadurecida.

Nesse contexto, Zé Cocá defendeu que as lideranças partidárias tenham responsabilidade na condução do processo. “Temos vários prefeitos e deputados para dialogar. O PP pode construir um caminho de apoio ao governo, ou a executiva pode optar por outro rumo. Por isso, é preciso paciência para avaliar o que é melhor para todos”, concluiu.