O vidro demora até um milhão de anos para se decompor na natureza, além de ser um ponto de preocupação constante na segurança dos agentes de limpeza e catadores de recicláveis. Esses foram alguns dos argumentos do vereador Antônio Carolino (Podemos) para apresentar o Projeto de Lei nº 313/2023 na Câmara Municipal de Salvador.
A proposição visa obrigar os conglomerados que produzem, distribuem e vendem bebidas alcoólicas, refrigerantes, energéticos e água mineral em embalagens de vidro a instalarem contêineres de reciclagem (eco points) em todos os bairros da capital.
“As principais capitais do Brasil e do mundo preocupam-se cada vez mais com a saúde e bem-estar dos seus cidadãos. Princípios que exigem do poder público, empresas e cidadãos uma atenção redobrada para conceitos ecossustentáveis como reutilização de resíduos e economia circular. E verdade seja dita: o segmento que engloba a venda e distribuição de bebidas em embalagens de vidro tem um ótimo faturamento no Brasil. Portanto, tem capacidade de absorver os custos da solução proposta por este projeto de lei”, afirma o vereador.
Os problemas decorrentes do descarte inadequado do vidro aumentam a possibilidade de acidentes, sobrecarregando nosso sistema de saúde público e privado. “Modernizar e integrar toda a cadeia de descarte do vidro em Salvador trará benefícios múltiplos aos soteropolitanos, principalmente, à economia circular”, pontua Carolino.
Para o vereador, os eco points devem também agregar valor estético e funcional aos locais onde serão instalados, indo além da preocupação com o meio ambiente, melhorando o espaço urbano, gerando mais empregos e renda para muitos soteropolitanos.