O deputado estadual Robinson Almeida (PT) voltou suas críticas à gestão do União Brasil em Salvador após a deflagração da Operação Dia Zero, que investiga o desvio de R$ 100 milhões da saúde municipal. Segundo o parlamentar, o escândalo confirma a continuidade de um modelo de gestão “contaminado por fraudes”, iniciado com ACM Neto e mantido por Bruno Reis. Para ele, o caso se soma à Operação Overclean e escancara a existência de um “projeto político baseado na corrupção”.
Robinson destacou a gravidade do escândalo em meio a uma crise no atendimento básico à população. “É inadmissível que, enquanto servidores estão em greve e faltam vacinas, recursos públicos sejam saqueados por contratos fraudulentos”, criticou. Ele relembrou que investigações anteriores já ligaram lideranças do União Brasil a esquemas suspeitos, como o que envolveu o “Rei do Lixo”.
A Operação Dia Zero apura contratos entre a Secretaria Municipal de Saúde e uma organização social responsável por serviços de tecnologia da informação. Segundo a Polícia Federal, houve superfaturamento, pagamentos sem cobertura contratual e desvio de recursos federais. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 100 milhões e o afastamento de servidores envolvidos.
Diante das denúncias, o deputado questionou o silêncio das principais lideranças do União Brasil. “Bruno Reis e ACM Neto têm opinião sobre tudo quando interessa ao jogo político deles. Mas, diante de escândalos como este, a postura é sempre o silêncio ou a fuga. Vão sumir de novo?”, ironizou. Ele ainda criticou os baixos índices de cobertura de atenção básica de Salvador e afirmou que “a saúde da capital foi entregue a empresas que só servem para sugar dinheiro público”.