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“Temos a clareza de que só com alimento não vamos vencer a fome”, diz coordenador do BSF

Segundo Tiago Pereira, o futuro orçamento do Programa Bahia Sem Fome está sendo organizado

SDE articula doação de mil cestas básicas para o Programa Bahia Sem Fome
Foto: Mateus Pereira/GovBA
Foto: Mateus Pereira/GovBA

O coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, disse, em entrevista a uma rádio de Paulo Afonso, nesta segunda-feira (31), que já foram arrecadadas 850 toneladas de alimentos e entregues mais de 60 mil cestas básicas em todo o estado, com a meta de atender as populações que estão em situação de vulnerabilidade social grave.

“O Bahia Sem Fome é um programa indutor de política pública e, em breve, terá orçamento próprio, inclusive para a compra de alimentos a serem doados, uma inovação do governo estadual”, disse Pereira. “Aqui nessa região, já fizemos doações em Paulo Afonso, Abaré, Chorrochó e em Glória. O Serviço Territorial da Agricultura Familiar está arrecadando e distribuindo os alimentos em Paulo Afonso”, lembrou o coordenador.

Segundo Tiago Pereira, o futuro orçamento do Programa Bahia Sem Fome está sendo organizado e que, em breve, serão lançadas ações de abastecimento e de inclusão produtiva de acesso à água, “porque a gente tem a clareza de que só com o alimento a gente não vai vencer a fome. Em 2014 saímos do Mapa da Fome com políticas públicas e hoje não será diferente, vamos utilizar essas mesmas políticas para vencermos a fome”, salientou.

Para Tiago, “o Estado por si só não consegue enfrentar o flagelo da fome. Por isso a importância desse diálogo com as forças produtivas, desse grande mutirão com a sociedade e com a iniciativa privada. A doação dos alimentos é uma etapa, mas as pessoas não são obrigadas a fazer doação. Doa quem pode. Empresas que estão interessadas em fazer um processo de reparação social estão participando”, frisou.

Tiago lembrou, ainda, que o Estado da Bahia está fazendo uma pactuação para que a mão de obra utilizada nas grandes obras públicas seja de trabalhadores em situação de vulnerabilidade. “Estamos tornando muito essa luta contra a fome e alguns sinais efetivos já despontam como uma esperança nesse combate. No mês de janeiro, foi baixada uma portaria que obriga o Estado a comprar da agricultura familiar o alimento do fundo para alimentação escolar. Foi também lançado, agora, o Plano Safra com investimentos de R$ 3 bilhões para fomentar ainda mais a agricultura familiar”, destacou o coordenador.

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