O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), comentou nesta segunda-feira (12) a possível fusão entre o PSDB e o Podemos, partidos que atualmente apoiam campos políticos opostos na Bahia. “Estou acompanhando de uma forma feliz, acho que essa federação irá sair o mais rápido possível […] para que o PSDB fique mais forte”, afirmou Muniz, ao ressaltar que o objetivo é construir algo mais interessante “não só para Salvador, mas para a Bahia também”.
Diante do impasse entre os apoios – o PSDB com Bruno Reis e ACM Neto (ambos do União Brasil), e o Podemos com Jerônimo Rodrigues (PT) –, Carlos Muniz foi direto: “Primeiro eu sou do povo, eu não sou nem de Jerônimo nem de Bruno Reis”. Segundo ele, o posicionamento político da futura federação será uma decisão coletiva: “Nenhum presidente pode tomar uma decisão sozinho”.
Na Bahia, o PSDB tem se mantido firme na base de Bruno Reis e ACM Neto, enquanto o Podemos, presidido por João Carlos Bacelar, aderiu ao grupo do governador Jerônimo Rodrigues. Caso a fusão se confirme, caberá ao novo colegiado nacional e estadual equilibrar os interesses locais, especialmente em cidades estratégicas como Salvador.
Muniz também foi questionado sobre a possibilidade de a fusão provocar dissidências, como ocorreu no PDT, com filiados buscando novos rumos. “Acho difícil, porque todos estão sendo ouvidos. Aqui a fusão até os vereadores participam”, respondeu. “Não é uma decisão de um só, é do colegiado. Espero que todos aqueles que têm vez e voz, tanto no PSDB como no Podemos, fiquem satisfeitos com a fusão”, completou.