A cantora baiana Solange Almeida, disse em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record TV, que quase parou de cantar por causa do vício do uso de cigarros eletrônicos.
“Eu perdi toda a vontade do mundo de cantar. Comecei a ficar com a mucosa ressecada, dificuldade para cantar e para respirar”, relatou a forrozeira que começara a sentir o consumo excessivo da nicotina no dispositivo afetando as suas cordas vocais. Solange se tornou dependente do aparelho durante a pandemia.
“Eu esperava meu marido dormir para fazer uso do cigarro. Acordava cedo e ia para padaria, já tinha um cigarro no meu carro. A coisa estava fugindo completamente do meu controle”.
Na entrevista ela ainda disse que foi ‘fisgada’ pelo sabor da substância. Para reconstruir a carreira, Solange precisou de muitas sessões de terapia e acompanhamento de um fonoaudiólogo.
“É um começo da nova Solange, depois desse uso indevido do cigarro eletrônico, que quase culminou na perda total da minha voz e do meu emocional por inteiro. Me tirou do chão, de verdade. Eu não conseguia atingir os tons na mesma facilidade que eu tinha antes. Me vi no olho de um furacão, sem conseguir dormir, por causa do uso e depois em decorrência da abstinência do cigarro”.
No Brasil, o uso desses aparelhos é proibido desde 2009, mas a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) mostra que o uso tem se tornado cada vez mais frequente, principalmente entre os mais jovens.
Segundo a PeNSE, em 2019, 16,8% dos estudantes de 13 a 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico. Na faixa de 13 a 15 anos, a prevalência foi de 13,6%. Entre os jovens com 16 até 17 anos, de 22,7%.