O presidente do PT Bahia, Éden Valadares, criticou ACM Neto (União Brasil) pela sua ausência de reação após a Polícia Federal expor um golpe de Estado planejado contra a democracia. Seis dias após a revelação de que o plano incluía o assassinato do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, além do indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Neto manteve-se em silêncio. “1 semana, 6 dias, 154 horas se passaram… e o silêncio de ACM Neto permanece, revelando, sob a suposta neutralidade, uma total cumplicidade”, enfatizou Éden.

O dirigente petista questionou a postura do ex-prefeito de Salvador, argumentando a incompatibilidade entre a conspiração revelada e os princípios democráticos consagrados na Constituição. “Não há espaço entre a conspiração e a Constituição. Como uma liderança pode permanecer calada diante de um ataque tão direto à democracia?”, questionou Éden, destacando a gravidade das acusações e o impacto do silêncio de ACM Neto.
Éden também criticou o cálculo político do ex-prefeito e seu grupo, que segundo ele, tem raízes em uma “histórica conivência com o autoritarismo”. Ele apontou a fusão entre carlismo e bolsonarismo na política baiana, enfatizando a cumplicidade do ex-prefeito com práticas antidemocráticas. “A ausência de uma declaração sobre o golpe não é apenas omissão; é compromisso com o bolsonarismo”, concluiu o presidente do PT Bahia, sublinhando a fusão ideológica e prática entre os dois campos políticos no estado.