Sidninho expõe bastidores da greve dos professores e denuncia coação da oposição na delegacia

Vereador relata agressões, denuncia uso político da greve e promete divulgar salários dos professores

Foto: Luciano Barreto/Panorama da Bahia
Foto: Luciano Barreto/Panorama da Bahia

O vereador Sidninho (PP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Salvador, afirmou nesta segunda-feira (2), em entrevista ao Panorama da Bahia, que houve tentativa de coação política durante os desdobramentos da manifestação de professores no último dia 22 de maio. “Chegando na delegacia fomos acuados. Do lado de fora tinha mais de 500 sindicalistas, do lado de dentro parlamentares em âmbito federal, estadual e municipal. Todos ao lado dos servidores, inclusive por telefonema, acuando o delegado para que não fizesse nenhum registro ou ocorrência”, declarou.

O parlamentar relatou ter sido agredido durante a confusão no plenário. “Um servidor, que eu conheço há anos, estava completamente alterado. Ele arrancou o microfone da minha mão, fui buscar o microfone, e ele me deu uma mordida na mão. Também agrediu o vereador Maurício Trindade. Solicitei até exame toxicológico para entender tanta ira”, declarou. Segundo ele, o episódio foi “assustador” e marcou uma das páginas mais vergonhosas da história da Câmara. “Foi muito feio, muito ruim o que aconteceu na quinta-feira.”

O vereador acusou diretamente “a esquerda” de estar por trás da radicalização. “Estão vendo que o governo está definhando e partiram para a porrada, para a violência. É politicagem barata. Não é toda a esquerda, mas alguns estão usando os professores como massa de manobra”, afirmou. Ele também revelou que a Corregedoria da Câmara será acionada ainda esta semana. “Quem vai ser penalizado? Os organizadores. Tem gente da Câmara envolvida, foi identificado, e não vamos deixar passar em branco.”

Durante a entrevista, Sidninho anunciou que protocolou um pedido à Secretaria Municipal de Gestão (Semge) para obter os salários de todos os servidores da educação. “Dei entrada hoje na Semge pedindo todos os rendimentos. Só 898 recebiam menos que o piso, mas com os 45% de gratificação, todos ultrapassaram. Vamos mostrar que os irresponsáveis que estão agredindo a gente estão errados. A carapuça vai servir a quem entender”, afirmou. Ele também criticou o impacto da greve: “É muito triste ver crianças sem aula por causa de uma guerra política.”

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Sidninho ainda descartou qualquer possibilidade de novo diálogo com a categoria e defendeu a legalidade da tramitação do projeto aprovado. “Não acredito que haja qualquer tipo de negociação entre o prefeito e os professores. A discussão está encerrada”, disse. “Cumpri o regimento, dei vistas de 72 horas, convoquei comissão conjunta. Fiz tudo certo. Não vou acionar o Ministério Público nem o Tribunal de Justiça. Sou vereador e vou lutar dentro das quatro linhas. Mas a verdade vai aparecer e será exposta na quarta-feira.”

Assista à entrevista completa:

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