A negociação entre o governo federal e parte dos servidores do Executivo atinge um novo ponto, com uma paralisação nacional marcada para quarta-feira (3). Em pauta, está a demanda por um reajuste nos auxílios, uma vez que o governo ainda não prometeu aumentos na remuneração do funcionalismo para 2024.
A proposta oficial, formalizada em fevereiro, consiste em elevar os valores dos auxílios, mas ainda está em processo de negociação com as entidades representativas dos servidores. De acordo com as demandas, os servidores pedem uma recomposição entre 7% e 10%, dependendo do acordo firmado por cada categoria. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Em 2023, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) sugeriu um aumento nos auxílios para 2024: o auxílio-alimentação passaria de R$ 658 para R$ 1 mil; o auxílio-saúde per capita, de R$ 144 para R$ 215; e o auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.
A proposta de reajuste nos auxílios foi formalmente apresentada durante a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) em fevereiro, sendo este o principal fórum de diálogo entre governo e funcionalismo. A próxima reunião está prevista para junho.
O governo aponta que, somando o reajuste de 9% concedido no ano anterior, os servidores teriam um acumulado de aumento de mais de 18% em quatro anos.
Enquanto a proposta de aumento nos auxílios está em discussão, o governo considera outras possibilidades, como um reajuste nominal, que poderia beneficiar os servidores com remunerações mais baixas de maneira mais significativa. Esta medida, se implementada, poderia representar uma correção diferenciada, levando em conta o impacto individual em cada categoria.
Paralisação
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) – que representa os cargos do chamado “carreirão”, o que inclui universidades federais, áreas de saúde etc. – convocou os afiliados para uma mobilização na próxima quarta-feira (3).
O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação tem três objetivos principais: Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
– Defender o serviço público e a valorização dos servidores;
– Marcar posição contra a proposta de reajuste zero para 2024, tendo em vista que os servidores alegam “amargar” desde o governo Michel Temer (MDB) perdas salariais de mais de 34%; e
– Revogar o que chamam de “retrocessos”, que seriam portarias, instruções normativas, decretos administrativos e outras ações do governo Jair Bolsonaro (PL) que atingiram o funcionalismo.