Para pressionar o governo, servidores federais realizarão, nesta quinta-feira (28), manifestações em diferentes cidades, além de paralisação por 24 horas. As categorias pedem “reajuste salarial emergencial” de 19,99%.
Até o momento, o governo federal negocia reajuste de 5%. O número é uma tentativa de acalmar os movimentos de paralisação e greve desde o anúncio de aumento para as forças de segurança, que seria concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em entrevista coletiva concedida nos Estados Unidos na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o anúncio sobre o aumento deve sair “em breve”, e não quis bater o martelo, mas citou o dia 1º de julho como data limite.
“O pleito [dos servidores por reajuste] num ano eleitoral não pode ser satisfeito com facilidade, porque isso é visto, pela lei eleitoral, como se fosse favorecimento específico a uma categoria, e, portanto, uma tentativa de buscar votos numa categoria específica”, explicou o ministro.
“O que a lei eleitoral permite é que haja aumentos lineares, não diferenciados, e que possam tratar apenas da reposição no ano”, explicou o titular da Economia, para justificar o percentual que o governo deve oferecer, mas que está sendo considerado baixo por muitos sindicatos.