Com serviços paralisados por 24 horas e em estado de greve, servidores municipais de Salvador realizam, na tarde desta quinta-feira (22), uma nova assembleia em frente à Câmara Municipal, a partir das 13h. O objetivo é pressionar os vereadores a não votarem o projeto de lei que trata da reposição inflacionária nos vencimentos dos servidores.

A categoria rejeitou a proposta apresentada pela Prefeitura de Salvador, que oferece um reajuste de 4,83%. Segundo os trabalhadores, o percentual é insuficiente para recompor as perdas salariais acumuladas nos últimos anos. Além disso, eles acusam a gestão de ter enviado o projeto para a Câmara antes de concluir as negociações na Mesa de Negociação Permanente da campanha salarial.
Os servidores afirmam que o índice foi imposto unilateralmente, contrariando o que estava sendo debatido nas negociações. Eles também destacam que, nas primeiras rodadas, a proposta da prefeitura foi de 0%, o que gerou indignação na categoria. A decisão de rejeitar a proposta foi tomada em assembleia e comunicada formalmente ao Executivo municipal.
O coordenador-geral do Sindseps, Bruno Carianha, criticou a postura do prefeito Bruno Reis. “A postura do prefeito demonstra sua incapacidade gerencial. Ele tem administrado a cidade ‘com o fígado’, em meio à crise provocada pelas investigações que envolvem seu nome. Uma das retaliações que sofremos é essa imposição de um percentual que não cobre nem de longe a defasagem salarial que enfrentamos”, declarou.