Seponte nasce para conduzir Ponte Salvador-Itaparica e segue modelo já usado em outros governos

Secretaria terá caráter provisório; criação de pastas especiais também foi adotada em gestões municipais, estaduais e federais

Foto: Feijão Almeida/GovBA
Foto: Feijão Almeida/GovBA

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) encaminhou nesta terça-feira (9) à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) o projeto que cria a Secretaria Estadual para Assuntos relacionados à Ponte Salvador-Itaparica (Seponte). A nova pasta, de caráter provisório, terá a missão exclusiva de acompanhar a execução da obra até que a estrutura seja administrada por meio de Parceria Público-Privada (PPP). “Apresentamos uma proposta de estrutura bastante enxuta, mas com uma gestão firme e bem definida”, afirmou Jerônimo, ao reforçar que se trata de um projeto estratégico para o desenvolvimento da Bahia.

A Ponte Salvador-Itaparica é considerada a maior intervenção de infraestrutura já planejada no estado, com previsão de início em meados de 2026, investimento de R$ 12 bilhões e geração de cerca de sete mil empregos. O empreendimento deve beneficiar mais de 10 milhões de pessoas, integrando Salvador às rodovias BR-101, BR-116 e BR-242 e ampliando a mobilidade, o turismo e a economia regional.

Apesar de questionamentos sobre a criação de uma nova secretaria, experiências semelhantes já ocorreram em administrações de diferentes espectros políticos, sempre em situações que exigiam gestão dedicada. Em 2019, o governo Jair Bolsonaro (PL) criou a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento para centralizar a gestão fiscal da União. Já em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) instituiu em 2020 a Secretaria da Retomada, dedicada a coordenar a recuperação socioeconômica após a pandemia.

No campo municipal, Salvador implantou recentemente e de forma permanente a Secretaria do Mar, para tratar de políticas costeiras e do fortalecimento da chamada economia azul. Antes disso, em São Paulo, o então governador João Doria (PSDB) havia criado a Secretaria de Desestatização, voltada exclusivamente para privatizações e concessões. Esses exemplos evidenciam que a criação de pastas com funções específicas é um recurso legítimo e estratégico, utilizado por diferentes administrações, quando a complexidade de determinadas ações exige dedicação exclusiva.

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