O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fechou o mês de setembro com um déficit primário de R$ 5,326 bilhões, reflexo da ausência das transferências do antigo fundo PIS/Pasep para o Tesouro Nacional. Em contraste, no mesmo mês do ano anterior, o governo registrou superávit de R$ 11,554 bilhões. A queda acentuada foi causada pela falta dos R$ 26,3 bilhões recebidos do fundo no ano passado.
O resultado negativo foi pior do que as estimativas de mercado, que previam um déficit de R$ 2 bilhões, de acordo com a pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda. Nos nove primeiros meses de 2024, o déficit acumulado já chega a R$ 105,187 bilhões, um aumento de 7,4% em relação ao mesmo período do ano passado, mesmo com a arrecadação recorde.
A meta de déficit primário zero para o ano foi mantida dentro da margem de tolerância de 0,25% do PIB pelo arcabouço fiscal, mas despesas excepcionais, como precatórios e apoio ao Rio Grande do Sul, elevam a previsão para R$ 68,8 bilhões.