“Se chegar com assinaturas, vamos abrir”, diz Carlos Muniz sobre CEI do Othon e venda de áreas verdes

Presidente da Câmara de Salvador afirma que cumprirá a lei caso receba requerimento formal

Foto: Panorama da Bahia
Foto: Panorama da Bahia

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), comentou nesta quinta-feira (24) sobre a possibilidade de instaurar uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar a venda do imóvel onde funcionava o Bahia Othon Palace Hotel, em Ondina, e a alienação de áreas verdes na cidade. Em entrevista ao Panorama da Bahia, Muniz declarou: “Na realidade, não foi pedida nenhuma no momento. Mas é o que eu digo: eu sempre vou cumprir a lei. Se a lei determina que seja aberto qualquer CEI, com as assinaturas, nós abriremos. Mas, até o momento, não chegou nenhum pedido”.

A proposta de criação da CEI é do vereador Sidninho (PP), que já teria reunido 19 assinaturas, quatro a mais do mínimo exigido pelo regimento. O imóvel do antigo hotel foi arrematado em dezembro de 2023 pela construtora Moura Dubeux por quase R$ 110 milhões, com o objetivo de implantar um complexo de uso misto, entre hotelaria e apart hotel. Segundo Sidninho, o projeto apresentado pela empresa diverge da escritura original de compra e venda do imóvel, o que motivou a mobilização para a abertura da investigação.

Além do caso do Othon, a Câmara de Salvador enfrenta críticas pela aprovação do Projeto de Lei nº 307/23, que autorizou a desafetação de 44 imóveis públicos, incluindo 17 áreas verdes, totalizando mais de 110 mil metros quadrados. A medida, sancionada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), gerou forte reação de moradores e entidades ambientais, que acusam o Executivo e o Legislativo municipal de falta de transparência e risco de danos urbanísticos e ambientais.

Em alguns casos específicos, como no Morro do Ipiranga, o Ministério Público e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA) acionaram a Justiça para suspender leilões de terrenos públicos, alertando para riscos de deslizamentos e impactos negativos à paisagem histórica e natural de Salvador. A pressão popular e judicial sobre a venda das áreas verdes se soma agora à movimentação para apurar também a negociação do antigo hotel em Ondina.

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