Salvador, cidade com a maior população negra fora da África, é o palco da Conferência da Diáspora Africana nas Américas, que acontece de 29 a 31 de agosto. Organizado pela União Africana e pelo governo do Togo, em parceria com os governos federal e estadual, o evento reúne especialistas, ministros e autoridades para discutir temas como pan-africanismo, memória, restituição, reparação e reconstrução.
Durante a abertura, realizada na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou a importância da conferência para as políticas de reparação no Brasil: “Estamos aqui para construir pontes entre o Brasil e a África, reconhecendo as cicatrizes da escravidão e avançando rumo a um futuro mais justo”.
A secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, ressaltou Salvador como um lugar emblemático para essas discussões: “Salvador é uma cidade onde as raízes africanas estão presentes em cada esquina. Aqui, reafirmamos nosso compromisso com a promoção da igualdade racial e a valorização da herança africana”.
O evento, que também serve como preparação para o 9º Congresso Pan-Africano, que será realizado no Togo em 2024, inclui uma programação variada. “Esta conferência é um marco em nossa trajetória por uma sociedade mais justa e igualitária”, afirmou o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida.
📲 Fique sabendo primeiro. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
A programação inclui apresentações culturais, palestras e debates, culminando na entrega da Carta de Recomendações pela sociedade civil no encerramento do evento, no Centro de Convenções de Salvador.